Sindicato dos Tecnólogos
do Estado de São Paulo

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O papel do tecnólogo no saneamento




O papel do tecnólogo no saneamento

16/10/2017

Ana Paula Pereira da Silveira

Desde a época em que cursava a minha primeira graduação, tive um grande interesse no saneamento, que aumentou ainda mais quando entrei no curso de Tecnologia em Hidráulica e Saneamento Ambiental da FATEC-SP, e foi lá que eu tive certeza que queria trabalhar com a água. Iniciei então a minha carreira na área, no Laboratório de Saneamento e Química da FATEC-SP, e desde então, atuei na operação de sistemas de saneamento, gestão, docência e pesquisa.

O mercado para os tecnólogos, especialmente no setor de saneamento, é um mercado competitivo, ainda com algumas restrições, mas que traz oportunidades em diversas áreas. O Tecnólogo em Saneamento, ou em Hidráulica e Saneamento, pode atuar desde em empresas de projeto de engenharia, até nas concessionárias públicas e/ou privadas de abastecimento público de água e coleta e tratamento de esgotos. Nas empresas de projeto, a área que mais demanda dentro do saneamento, é a drenagem urbana de águas pluviais, seguida dos projetos e modelagem hidráulica de redes de água e esgoto. Nas concessionárias, o tecnólogo atua tanto na operação da produção e distribuição de água, coleta e tratamento de esgotos como na gestão, o que é o meu caso atualmente, já que o mesmo tem muito a contribuir com o conhecimento técnico específico que possui, nas áreas estratégicas e de tomada de decisão das empresas. A atuação no setor público, especialmente no Estado de São Paulo, é considerável e cada vez mais vagas são abertas para tecnólogos nos concursos públicos.

A área acadêmica também é uma opção interessante para os tecnólogos. É crescente a procura por programas de mestrado e doutorado para o desenvolvimento de novas tecnologias e conhecimento científico relevante para a área, além da possibilidade de ministrar aulas em cursos técnicos, de graduação e pós-graduação.

O papel que o tecnólogo exerce nesse sentido é muito importante, pois para contribuir com o desenvolvimento tecnológico do país, se faz necessário o link entre a academia e o mercado. O tecnólogo é um profissional que tem a capacidade de desenvolver conhecimento científico passível de aplicação no mercado, já que conta com uma formação específica e voltada para isso.

Além disso, um profissional formado na área tecnológica, focado na sua especificidade, é muito requisitado pelas universidades, na área da engenharia, devido à bagagem adquirida na graduação aliada às experiências no mercado, sendo capaz de transmitir o conhecimento prático adquirido em sua área de atuação de modo enriquecedor aos alunos.

A presença feminina no saneamento, como em toda a área da engenharia civil, ainda é menor do que a masculina, mas é muito comum encontrar mulheres exercendo cargos de liderança no setor. O saneamento é uma área que atrai muito as mulheres, devido ao grande desafio, voltado à universalização dos serviços, e por promover saúde à população. Para mim, o que foi mais atrativo na profissão foi justamente esse dinamismo, já que se trata de uma área onde não há rotina, mas muito trabalho a ser feito. ​

*Publicado originalmente na Revista do Tecnólogo.

Para ler outros artigos, acesse: aqui

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Ana Paula Pereira da Silveira é formada em Biologia, pela Fundação Santo André (2007), e Tecnóloga em Hidráulica e Saneamento Ambiental, pela FATEC-SP - Faculdade de Tecnologia de São Paulo  (2012). Mestre em Tecnologias Ambientais pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (2012). Doutoranda do programa de Energia da Universidade federal do ABC. Coautora do livro Ciclo Ambiental da Água (2012). Coautora do livro Dessalinização de Águas (2015). Foi auxiliar docente no Laboratório de Saneamento Ambiental e Química (LABSAN – FATEC-SP), com atuação em análises de água e esgoto. Foi professora assistente (2013 – 2015) das disciplinas: Introdução à Hidráulica e ao Saneamento Ambiental da FATEC-SP, Construção de Sistemas de Drenagem Urbana, Biologia Sanitária. Atuou como docente da disciplina Hidráulica, hidrologia e monitoramento, do curso de Especialização em Gestão de Recursos Hídricos Do Senac Jabaquara (2015) e atualmente é tecnóloga da SABESP – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo atuando na área de responsabilidade Socioambiental e desenvolvimento de fornecedores e é docente titular da área de hidráulica e saneamento do curso de Engenharia Civil da Universidade Cidade de São Paulo - UNICID. Faz parte do Grupo de Pesquisas sobre Dessalinização de águas salobras e salinas da FATEC-SP.

 

 

 

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