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Dia Internacional da Mulher: tecnólogas refletem sobre seu papel na profissão




Dia Internacional da Mulher: tecnólogas refletem sobre seu papel na profissão

08/03/2018

No mês da Mulher, tecnólogas falam sobre os desafios e avanços na profissão. Veja abaixo os depoimentos:

"A mulher tecnóloga geralmente é bem aceita em todas as áreas de trabalho. As empresas dão preferência às mulheres quando o trabalho requer atenção aos detalhes."

Elisa Akiko, tecnóloga em Construção Civil modalidade Edifícios, professora do curso de Edifícios, na Fatec São Paulo.

 

"Sou tecnóloga em Construção, na Modalidade Edifícios há mais de 40 anos e a caminhada não foi muito fácil, pelos preconceitos encontrados nesse caminho. Já parte é parte da questão ser mulher em um mercado, na época tão masculino. Depois, o fato do curso de tecnologia, na década de 70, ser completamente novo. 

Ser tecnóloga era ter uma profissão que ninguém conhecia e não entendia nossas competências e habilidades.

Ser mulher no mercado da Construção Civil não foi nada fácil!

Desde 1990 leciono na FATEC-SP, ajudando a formar Tecnólogos em Construção Civil e neles me vejo, como 40 anos atrás, tentando levar essa profissão à frente, especialmente as mulheres que ganharam espaço nesses cursos. Na minha época não tinha 3 mulheres em uma turma de 15 alunos. Hoje, elas são 50%, ou mais, numa turma de 40 alunos, em média. Acompanho muito dessas tecnólogas em suas vidas profissionais indicando desde ao primeiro estágio e recebendo notícias de seus trajetos profissionais. Trago palestras motivadoras para os alunos. Muitas das tecnólogas que se formaram enfrentaram muito preconceito e estão na luta, muitas já casadas e com filhos. Muitas vezes ainda sendo preteridas em suas vidas profissionais. Mas, ser mulher tecnóloga é isso: é ser forte, ser guerreira, ser responsável, ser persistente, ser competente, saber lidar com egos alheios, saber liderar e se sentir uma vencedora acima dos preconceitos". 

Elizabeth Neves Cardoso, tecnóloga, professora, mestre da FATEC

 

“Acredito que a importância da participação feminina em qualquer nível da sociedade é de extrema importância!

Na área do saneamento, minha área de formação, aprendi muito e trabalhei com mulheres muito competentes e que sempre me apoiaram a continuar nessa área profissional, atualmente como mestranda na Faculdade de Saúde Pública, vejo o quanto esse apoio foi importante, e tem a acrescentar para minha formação, e o quanto de trabalho ainda deve ser feito, e neste caso por todos, o saneamento e um trabalho de equipe, e o respeito às mulheres deve ser um exemplo!!”

Olivia Gavioli. tecnóloga

 

“Entrei para o curso de Tecnologia da Construção Civil na FATEC-SP em julho de 2010. 80 alunos iniciantes na turma e, entre eles, éramos aproximadamente 15 mulheres, um pouco menos que 20% em relação ao total de alunos, um cenário mais otimista do que pensava em encontrar, visto que há 8 anos atrás ainda era possível ouvir dos familiares sobre o que era ou não profissão de homem.  O nível da classe sempre se manteve o mesmo, a questão do gênero nunca foi um problema no acompanhamento das aulas, todos eram sempre muito engajados no que se propunham a fazer e o esforço dependia de cada um.

A dificuldade inicial no mercado se devia muito à maturidade, talvez pelo fato de algumas mulheres sentirem mais o impacto dos resultados negativos e acabarem se cobrando muito mais que os homens do curso. Isso fazia com que a nossa confiança ficasse mais estremecida perante o mercado de trabalho. Mas, ao longo da trajetória aprendemos que essas situações nos encorajaram e amadureceram nossas atitudes na atuação profissional. Fizeram com que criássemos postura e opinião ao lidar com qualquer dúvida em relação ao nosso desempenho no trabalho, inclusive as nossas próprias dúvidas. O privilégio de fazer um curso com professoras Tecnólogas, Mestres, Doutoras, Chefes de Departamento, um quadro de docentes majoritariamente feminino, foi um fator importante na inspiração de seguir esse caminho.

A mulher no mercado de tecnologia deve ser autoconfiante, e nunca se sentir uma fraude diante das situações de sucesso. As mesmas mulheres, tecnólogas, que citei no começo do depoimento, que em algum momento do curso se sentiram incapazes por qualquer motivo, já fiscalizaram obras e foram extremamente respeitadas e ouvidas pela equipe, participaram de cálculos e detalhamentos estruturais ou coordenaram equipes de projeto. A capacitação tecnológica traz essa confiança para nossas vidas e, os desafios sempre são cada vez mais almejados. “

Allyne Caroline Sgarbi, tecnóloga em Construção Civil pela FATEC-SP, engenheira civil pela FESP, atualmente cursa mestrado em Engenharia Civil na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, atua como projetista na Liquigás Distribuidora S.A desde 2013

 

 

 

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